terça-feira, 29 de abril de 2014

Ônibus Anfíbio

Oie!


Esse passeio, eu fiquei na dúvida se postaria aqui ou não, pois não é exatamente um museu nem um centro cultural... De toda forma, resolvi colocar, pois através dele eu pude ver alguns lugares importantes para a história de nossa cidade, então achei que seria legal tê-lo no blog.


O passeio no ônibus anfíbio começa na Praça General Tibúrcio, a mesma praça onde está o terminal do bondinho do Pão de Açúcar. Como fomos em grupo, fizemos o agendamento do passeio com a empresa Duck Tour e nos encontramos no ponto onde a empresa fica localizada, indicado por um pato de pelúcia.

Todos subimos no ônibus e logo em seguida a guia entrou, se apresentou e deu início ao passeio. Saímos da Urca e seguimos pela Av. Pasteur, onde ela falou sobre o Instituto Benjamin Constant e o Iate Clube – uma história desse lugar diz respeito ao rei Roberto Carlos, que teria tentado se associar ao clube - ele mora ali perto, na Rua Portugal - mas não teria conseguido e por isso o iate dele está na Marina da Glória, nosso destino.

O ônibus passa então pela enseada de Botafogo onde vai diminuindo de velocidade para que as pessoas possam contemplar a vista. Depois, passamos pelo Aterro do Flamengo e a guia conta que toda aquela área enorme foi aterrada com a terra do morro de Santo Antônio. Logo em seguida, ela aponta o Museu de Carmem Miranda, porém, pelas minhas pesquisas, sei que ele está fechado, aguardando para ser reaberto no Museu da Imagem do Som, em construção em Copacabana. Mais à frente, passamos pelo Monumento a Estácio de Sá, fundador da cidade.


Continuando o passeio, fomos pelo Parque do Flamengo, construído na década de 60 e projetado por Affonso Reidy com paisagismo de Burle Marx. No meio do Aterro, ela nos mostra um prédio do Flamengo e diz que é lá onde os jogadores recém-chegados ao clube residem. 

Finalmente, ela mostra um dos edifícios que considero um dos mais lindinhos do Rio - o Edifício Biarritz, construído no estilo art deco. Os exemplos finais da arquitetura local são o Castelinho do Flamengo - que já mostrei anteriormente num dos meus passeios pelo Rio – seguido pelo antigo prédio da TV Manchete e o Hotel Glória.


Entramos então na última meia hora do passeio de 1 hora e meia, quando chegamos à Marina da Glória e trocamos o motorista de ônibus pelo marinheiro. Nesse momento, também nos foi oferecida a possibilidade de irmos ao banheiro ou comprarmos alguma bebida - os salgadinhos infelizmente já haviam acabado. É nessa hora que todos colocamos os coletes salva-vidas nas crianças e os procedimentos de segurança são explicados para os adultos.


Por fim, com alguns curiosos olhando a novidade que é o ônibus anfíbio na cidade, algo meio à la James Bond, o ônibus começa a entrar na Baía de Guanabara. Todavia, como estava chovendo e a água batendo bastante, não pudemos ir muito além do trecho da ilha de Villegagnon, onde fica a Escola Naval. Ainda assim, foi bem legal ver o Rio de um outro jeito, de um outro lado, ver os prédios do centro, o monumento aos pracinhas da segunda guerra, o museu de arte moderna e até mesmo o outeiro da glória - o Cristo infelizmente estava coberto, por conta do tempo nublado... Passamos também pelo iate do Roberto Carlos, o Lady Laura IV, imediatamente identificado pela guia.



Cabe o alerta de que o caminho do final de semana é diferente do caminho feito durante a semana, pois nos finais de semana o aterro fica fechado como área de lazer. Por isso, neste dia fizemos o caminho por dentro ao invés de mais perto da orla.


Com tudo isso, eu indico o passeio pra quem já não tem mais o que fazer na cidade, algo que eu acho quase impossível, ou quem tem muito pouco tempo sobrando. Afinal, não é um passeio barato, tem uma duração curta e, para ser sincera, algumas histórias que a guia conta parecem estar mais pra enrolação do que pra realidade. Por exemplo, ela disse que o bairro de Botafogo recebeu esse nome devido às festas da princesa Carlota Joaquina, que “colocariam fogo” na região; posteriormente, no entanto, em outro passeio, na Casa de Rui Barbosa, descobri que o bairro só recebeu este nome em 1641 (apesar do marco de fundação no ano de 1565...), depois da transferência pra lá de João Pereira Botafogo, proprietário de uma fazenda que ia desde a praia até a Rua São Clemente. Outra coisa que ela falou, e que me chamou a atenção, foi que a Bica da Rainha ficava por ali em Botafogo - se você acompanha o meu blog, já sabe que não é isso, até já passamos por ela no Cosme Velho! Então é um passeio divertido, mas não pra ser levado à sério!


Beijins,
Tati.


Ficha Cadastral:

Local: Ônibus Anfíbio
Data da Visita: 15/02/2014
Endereço: Praça General Tibúrcio, em frente à entrada do bondinho do Pão de Açúcar, na Urca.
Telefone: (21)4040-4307 / (11)4040-4281
Como chegar: Usando o metrô e descendo na Estação Botafogo, pegar o ônibus integração que vai para a Urca (nesse caso antes de começar a viagem compre o bilhete metrô + ônibus para a Urca na bilheteria para pagar o preço combinado e não metrô e ônibus separado, que sairá quase 2 reais mais caro) ou qualquer ônibus que passe pela Avenida Pasteur – existem muitas opções, para descobrir clique aqui.
Horário de Funcionamento: de terça a domingo, a cada 2 horas, a partir das 10h30 até as 16h30; sendo que sábados e domingos funciona até as 18h.
Visita Guiada: Todo passeio deles é feito com guia.
Preço da Entrada: R$100,00 o ingresso integral. Menores de 10 e maiores de 60 tem 50% de desconto e morador do Rio também tem 50% de desconto temporariamente. A compra de ingressos é feita no local de embarque, na Urca, com 1h de antecedência. São aceitos cartões de crédito, débito e dinheiro. Se for com grupo, o ideal é ligar agendando antes e pagando em depósito 50% do total da visita.
Banheiros/bebedouros: banheiro é oferecido quando se chega à marina da glória, assim como a venda de bebidas e salgadinhos.
Café/Restaurante/Loja de Conveniência: Não possui.
Acessibilidade: Eles me informaram pelo telefone que podem colocar o carrinho dentro do ônibus e auxiliar a pessoa a subir no ônibus. 
Áudio guia: Guia bilíngue de francês e espanhol durante a semana, e de espanhol e inglês nos finais de semana. 
Guarda-volumes e Espaço para carrinho de bebê: não possui guarda-volumes, você pode entrar com tudo.
Duração recomendada para a visita: O passeio tem duração de 1 hora e meia.
Estacionamento: não tem, mas você pode estacionar na praça General Tibúrcio. 
Máquina fotográfica: pode fotografar à vontade.
Ar condicionado: Não possui, pois o ônibus é aberto, por isso é sempre bom levar um casaquinho para caso o tempo mude.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Memorial da Pediatria Brasileira + Bica da Rainha + Largo do Boticário

Olá!


Saindo do Museu de Arte Naïf, segui rumo ao Memorial da Pediatria Brasileira. No caminho, passei pelo trem do Corcovado e, no Cosme Velho, pela igreja de São Judas Tadeu - padroeiro do meu time, o Flamengo. Ainda passei pela bica da rainha, que fica localizado pertinho do Memorial e tem uma história muito interessante: o nome vem da época em que Carlota Joaquina, mulher do príncipe regente D. João VI, ia com frequência lá, pois sofria de problemas de pele e acreditava que as fontes medicinais a ajudariam. Além disto, ela levava consigo Dona Maria, a louca, mãe de D. João VI, acreditando que as águas dali também ajudariam a curar a insanidade de sua sogra. Por esse motivo, a fonte recebeu este nome por ter sido destinada aos visitantes da realeza. Outra curiosidade: a expressão “Maria vai com as outras” seria uma alusão ao fato que de que a rainha e sua nora iam à bica acompanhadas por damas da corte e escravas, portanto o termo era usado para criticar aquelas que não sabiam se governar e precisavam imitar as outras. Além disto, é contado que D. Maria praticava várias loucuras na fonte, escandalizando a corte e atraindo muitos curiosos.



Chegando ao Memorial, toquei o interfone e subi a escadaria, onde a museóloga Tatiana, minha xará, me recebeu e pediu que eu assinasse o livro de presença. Assinei e logo depois ela abriu a porta da casa, dando início à visita, e se dispôs a tirar qualquer dúvida que eu tivesse. Pude perceber, pelo livro de presença, que muitos estudantes de medicina vão lá fazer pesquisas.


O museu tem algumas coisas bem interessantes sobre as quais eu possuía alguma noção, mas muito superficial. Logo na entrada, me deparei com o juramento dos médicos e o busto de Hipócrates, além de expor diferentes formas de criação das crianças nos séculos passados. Achei curioso descobrir que as crianças brancas eram as menos saudáveis, devido ao desmame precoce, diferente das mães negras, e que as mães indígenas tinham especial atenção na gravidez, deixando de consumir certos alimentos, trabalhando menos e se abstendo de certos serviços, tudo para benefício de seu bebê.


No segundo ambiente, é apresentada a história da medicina no Brasil, mas com foco na pediatria. Apresenta alguns projetos da SBP – Sociedade Brasileira de Pediatria, com o apoio da Nestlè. Fala também dos lançamentos das vacinas e antibióticos, e das novas abordagens da perinatologia e da neonatologia. Em seguida, é possível entender como surgiram as Santas Casas em nosso país, muito por conta da ligação entre a medicina e a religião. A partir disto trazem a tona e explicam como surgiram as rodas dos expostos, que eu já conhecia por histórias da minha avó, mas não sabia bem como tinha surgido e lá entendi melhor que era por meio da roda onde frades e freiras recebiam alimentos, cartas e remédios de doação do mundo exterior e que aos poucos por orientação dos governantes passaram a ser usadas para receber crianças abandonadas.


Nos outros ambientes, pude ver instrumentos usados antigamente por pediatras, além de uma representação de um consultório pediátrico no século passado. Lá podemos ver aparelhos de anestesia, cadeiras para operação de amígdalas, aparelho para banho ultravioleta, eletrocardiógrafo e muitos outros itens. Há, ainda, menção à vida do médico itinerante, apresentando sua indumentária.


Na última sala, são apresentadas as campanhas da SBP contra a diarréia por infecção intestinal, a campanha do soro caseiro, campanha da amamentação, campanha a favor do pré-natal e campanha Nacional de Prevenção de Acidentes e Violência na Infância. O que achei legal nesta parte é que você vai notando a sociedade mudar, e os focos também vão mudando – o que muitas vezes acontece bem rápido. E por fim, o último ambiente é focado nos médicos que já estiveram à frente da SBP.


O memorial é legal, principalmente para os futuros médicos - mesmo aqueles que não serão pediatras - pois acho que conta bastante a história da medicina em nosso país e desconheço outro local que faça isso. Como não é permitido tirar fotos dentro do museu, conversei com a museóloga, que me pediu para enviar um e-mail para ela ver internamente se poderia me mandar fotos –infelizmente, ela disse que não foi possível. De qualquer forma, para ter uma idéia basta acessar o site deles, que lá mostra algumas fotos internas do museu. O memorial possui biblioteca para quem precisar fazer pesquisas, o que achei bem apropriado. Ademais, a museóloga me informou que existe um grupo de teatro e coral para crianças da comunidade, realizado toda segunda e quarta no clube hebraica de forma gratuita, sendo aberto à qualquer criança que saiba ler e tenha até 12 anos.


E, por fim, antes de voltar pra casa, ainda dei um pulo no Largo do Boticário, que tinha vontade de conhecer - pena que é tão triste ver sua decadência. Espero que a revitalização realmente comece logo ali, pois é um espaço que merece mais cuidados, principalmente devido à sua história. Se quiser saber mais sobre o Largo, pode ver aqui.



Beijins e bom passeio,
Tati.


Ficha Cadastral:
Local:  Memorial da Pediatria Brasileira 
Data da Visita: 11/02/2014
Endereço: Rua Cosme Velho, 381 - Cosme Velho. 
Telefone: (21) 2245-3110/2257-2543
Como chegar: Usando o metrô, desça na Estação Largo do Machado e pegue a integração expressa para o Cosme Velho - desembarque no penúltimo ponto (não esqueça de comprar o bilhete que inclui ambos na bilheteria senão você acabará pagando mais do que o necessário); ou qualquer ônibus que passe pela Rua Cosme Velho – existem muitas opções, para descobrir clique aqui.
Horário de Funcionamento: de segunda à sexta, de 9h às 16h, e fechados aos sábados, domingos e feriados.
Visita Guiada: Sim, a Tatiana me informou que quando é grupo grande ela pode ser guia, mas que não costuma ser necessário, pois a pessoa pode ler o que está sendo exibido e ela tira dúvidas quando necessário.
Preço da Entrada: É gratuito.
Banheiros/bebedouros: possui banheiro limpo e água filtrada dentro do memorial.
Café/Restaurante/Loja de Conveniência: não possui nenhum destes.
Acessibilidade: possui total acessibilidade, quem estiver de cadeira de rodas pode subir a rampa de carro, pois há estacionamento dentro da casa, basta avisar que está indo.
Áudio guia: não possui, mas existem folders em inglês e espanhol.
Guarda-volumes e Espaço para carrinho de bebê: não possui guarda-volumes, você pode entrar com tudo.
Duração recomendada para a visita: Eu fiquei lá em torno de uma hora.
Estacionamento: apenas para pessoas com dificuldade de acessibilidade, pois é pequeno, assim a Tatiana me indicou a Casa do Minho. Esse é um restaurante típico português, famoso na região, que fica na Rua Cosme Velho, 60, e que só abre para o jantar durante a semana - no final de semana, apenas para almoços: terça à sexta de 18h à 1h, e sábados e domingos, de 12h às 17h.
Máquina fotográfica: só pode fotografar externamente a casa, o museu não pode ser fotografado.
Ar condicionado: possui, e na medida certa.

terça-feira, 18 de março de 2014

Museu Internacional de Arte Naïf

Oie!


Esse dia eu parti pra uma viagem de volta no tempo particular, pois já morei em Laranjeiras e estudei no Cosme Velho. Meu passeio seria rumo ao Cosme Velho, mais especificamente ao Museu Internacional de Arte Naïf (MIAN, para facilitar) - uma paixão antiga, pois sou apaixonada pelos quadros feitos neste tipo de arte.


Peguei o ônibus do metrô e desci no penúltimo ponto, o ponto do trenzinho do Corcovado. Chegando lá, entrei no museu: um belo casarão do século XIX, que fica a 30 metros de distância do trenzinho. O museu, de acordo com as placas de informação na entrada, foi inaugurado em 1995 e dispõe do maior e mais complexo acervo do mundo no gênero: seis mil obras de pintores de todos os estados do Brasil e de mais de cem países, desde o século XV até os dias atuais. 


Logo na entrada, há uma homenagem ao criador do museu de um lado e a explicação sobre a arte Naïf do outro. Para quem não sabe, o gênero Naïf é uma escola de pintura também chamada de ingênua e às vezes primitiva que foi reconhecida no final do século XIX nos quadros de Rosseau. O Brasil é um dos grandes centros de arte naïf e o MIAN é uma realização da fundação Lucien Finkelstein (o criador do museu), uma entidade sem fins lucrativos, cujo objetivo principal é divulgar e valorizar a arte naïf.

Em seguida, entrei na exposição de sonhos que é a dos mestres naïfs brasileiros. Apaixonei-me à primeira vista por todas aquelas telas que retratam a fauna, a flora e a cultura de nosso país de uma forma tão colorida que muitas vezes me lembra desenhos infantis - por isso, a meu ver são telas de sonhos. Telas onde encontramos história, já que muitas vezes retratam momentos de nossa cidade ou lugares por onde passamos.


Existe uma outra seção chamada ‘Arte Naïf a qualquer hora e em todo lugar’, do Projeto Naïf Digital, que eu achei muito legal! O projeto é composto por três produtos: a exposição sensorial texturas Naïf com quadros em que você pode tocar, originários de vários países diferentes; o aplicativo MIAN Digital com informações sobre o museu e as exposições que é bem interessante; e o que eu mais amei, o Jogo Naïf - os dois últimos estão disponíveis em plataforma android.




O Jogo Naïf permite que você crie sua própria obra baseada na obra ‘Rio de Janeiro gosto de você, gosto dessa gente feliz’, tela de Lia Mittarakis que retrata a cidade do Rio de Janeiro numa visão panorâmica e lúdica. Eu gostei tanto que fiz dois desenhos e acabei até me esquecendo do tempo lá dentro. E ainda tive o auxilio da Ana Paula, que trabalha lá, para enviar o meu desenho para o meu e-mail e para o facebook. A minha dica é que você envie primeiro pro seu email e depois para o facebook, pois toda vez que eu enviava pro facebook, o programa já reiniciava para começar um novo desenho e eu não tinha chance de enviar mais para o meu email.



Depois de ver quadro a quadro do piso térreo e me encantar com cada um deles, subi a escada em direção ao mezanino. No caminho, ainda fiz um pedido ao meu santo de devoção, o que achei bem legal antes de entrar na exposição “Santos e Devoções” - que é bem interessante, mas na minha opinião o mais incrível é poder ver o super quadro ‘Brasil, 5 séculos’.




Em seguida, peguei a escada e fui até o subsolo, onde encontrei duas exposições. “Animais e imaginários Naïf” é linda demais, tem cada quadro de babar; já a homenagem a “Rousseau, pai da pintura moderna” fica em uma salinha com vídeo.



Ao final, ainda voltei pro jogo Naïf pra fazer um segundo desenho mais caprichado e acabei perdendo a noção do tempo - se no primeiro levei uns 40 minutos, o segundo me consumiu quase 1 hora! Mas adorei a minha obra-prima ao final, então valeu super a pena!


Além de toda essa diversão, o Museu ainda tem uma programação regular voltada para bebês com sessões para bebês de colo e para bebês caminhantes até 3 anos, cada mês com um tema diferente baseado em alguma obra apresentada. Para maiores informações, basta dar uma espiada no naïf para nenéns, ou contactá-los pelo tel: (21) 2225-1033 (de terça à sexta, de 10h às 16h). Outra opção para as crianças é a visita mediada Arte Naïf em cinco sentidos, onde as arte-educadoras do museu preparam um roteiro com dinâmicas, jogos e brincadeiras para estimular as diferentes sensações e percepções das crianças. Para isso é só agendar a visita pelo e-mail e-mail e levar os alunos lá! É fato que vou ficar de olho! Pois se programas para crianças em museu já é algo tão raro, quanto mais então para bebês...



Ah, mais um fato meio chato me aconteceu nesse passeio. Quando estava no ônibus do metrô, havia vários turistas, duas meninas de Manaus e um senhor de São Paulo com seu amigo fotógrafo de fora do país. Em alguns momentos conversamos, e entre os assuntos mencionei para onde estava indo... para minha surpresa, ele fez uma cara de reprovação, como se eu estivesse indo visitar alguma besteira, e falou que não ia levar o amigo para ver quinquilharias. São essas coisas que me entristecem, ver nós brasileiros diminuindo o que possuímos e, pior, sem ao menos conhecermos. Quando chegamos ao trenzinho e ao museu, ambos bem próximos, fiz questão de mostrá-lo onde era o museu. Espero que tenha mudado de ideia e, quem sabe, decidido dar uma chance (e uma passada!) ao museu - especialmente porque creio que isso faria seu amigo feliz ao ver outras belas imagens que a nossa cidade é capaz de proporcionar, muito além das belezas naturais.

Beijins e excelente passeio,
Tati.


Ficha Cadastral:

Data da Visita: 11/02/2014
Endereço: Rua Cosme Velho, 561 - Cosme Velho. 
Telefone: (21) 2205-8612/2205-8547/2205-8291
Como chegar: Usando o metrô e descendo na Estação Largo do Machado e pegando a integração expressa para o Cosme Velho e descendo no penúltimo ponto (não esqueça de comprar o bilhete que inclui ambos na bilheteria ou você acabará pagando mais do que o necessário...) ou qualquer ônibus que passe pela Rua Cosme Velho – existem muitas opções, para descobrir clique aqui.
Horário de Funcionamento: de terça à sexta, de 10h às 18h; e sábados e domingos, de 10h às 17h.
Visita Guiada: Disponível, para grupos com no mínimo 5 pessoas por R$ 10,00 por pessoa; ou pelo valor mínimo de R$ 50,00 para menos que 5 pessoas.
Preço da Entrada: R$ 12,00. Possui meia-entrada para estudantes com carteira, idosos, menores de 18 anos e para quem apresentar o ticket do trem do corcovado do dia; gratuidade para crianças menores de 5 anos, idosos maiores de 80 e membros do Icom.
Banheiros/bebedouros: dentro do museu e bebedouro no lado de fora atrás do museu, próximo do restaurante.
Café/Restaurante/Loja de Conveniência: Possui restaurante e lojinha. Não me animei muito em experimentar o restaurante porque não tinha os salgados que eu queria; na lojinha, comprei um ímã de geladeira, mas existem vários itens legais!
Acessibilidade: não possui acessibilidade, pois a entrada da casa tem uma escada, assim como internamente, para o mezanino e o subsolo.
Áudio guia: não possui, porém as exposições estão em sua maioria em duas línguas: português e inglês. Algumas ainda têm explicação em francês também.
Guarda-volumes e Espaço para carrinho de bebê: não possui guarda-volumes, você pode entrar com tudo.
Duração recomendada para a visita: Eu fiquei lá em torno de duas horas e meia, mas porque também fiz o desenho duas vezes; se você não fizer o desenho, dá para fazer o museu em uma hora.
Estacionamento: não tem, me informaram que pode estacionar na rua ao lado, entre o museu e o trenzinho do Corcovado.
Máquina fotográfica: pode fotografar sem flash.
Ar condicionado: possui, e na medida certa, não deixando você passar frio.

terça-feira, 11 de março de 2014

Casa Daros

Olá!


Essa visita não estava na lista do dia, ela meio que aconteceu, mas não poderia ter sido diferente. Eu já tinha passado pela Casa Daros e tinha amado aquele prédio branco lindo e cheio de palmeiras enormes na frente. Amor à primeira vista mesmo! Muito louco! Ae indo para o Instituto Cravo Albin vi no caminho aquele prédio de novo e pensei...se der tempo eu passo lá...e deu! E o melhor foi que era o dia de entrada grátis, pois às quartas a exposição principal fica aberta a todos (as outras já são gratuitas mesmo)! Melhor impossível!


Chegando lá, subi a escadaria da frente do prédio e me encantei mais uma vez. Logo que entrei, deixei as minhas bolsas no guarda-volumes na entrada e peguei uma bolsinha da ONG Tem Quem Queira - que eu adoro! Achei muito legal a idéia de colocarem o projeto inserido no museu, chama atenção para esse projeto tão legal!




Como cheguei a Casa Daros com um pouco de fome, resolvi começar pelo café, o Mira!, pois queria comer algo doce antes de começar os trabalhos. Após olhar o cardápio, pedi um brownie com tudo que tinha direito: calda de chocolate e sorvete! Num sei se era a fominha, mas estava bem gostosinho, ainda que não maravilhoso - talvez porque venha num copinho de sorvete, então acho que deu uma tristeza olhar tudo amassadinho ali dentro, pois nada como o visual para abrir o apetite, né?



Saindo do café resolvi voltar à entrada do espaço para começar o passeio, mas antes passei no banheiro e adorei ver que tinha uma continuação da exposição Artoons lá - sabe aquela sensação gostosa quando a arte te pega de surpresa nos lugares mais esquisitos? Não resisti a dar um sorriso espontâneo dentro do banheiro. E próximo ao banheiro ainda há a exposição Cortocircuitos, que fica até o final deste mês por meio de vídeos (que eu achei muito interessantes), desenhos e instalações no corredor que leva até o restaurante.




De lá, parti para a entrada da casa Daros, onde um senhor super simpático me entregou a entrada para a exposição ‘Le Parc Lumière’. Ele ainda explicou para uma mãe, com suas duas filhas à frente, que a Casa oferece recreação infantil aos sábados, domingos e feriados às 15h e às 17h, e durante as férias (mais especificamente em janeiro) ainda teve alguns outros horários – algo em que pretendo ficar de olho.


Resolvi começar a visita pelas exposições gratuitas que estão no corredor lateral e acho que escolhi bem. Foi bastante interessante, já que pude começar conhecendo um pouco a história da criação da Casa Daros por meio do projeto Educandaros, que apresenta a história do que havia naquele espaço desde 1738 até os dias de hoje.


Em seguida, indo mais um pouco para a direita visitei a exposição ‘Matriz de Voz’, que é bem divertida e interativa - você pode participar da obra...quer coisa mais legal? A obra é chamada de Matriz de Voz e permite a você gravar sua voz ao apertar um botão, inserindo-a na obra juntamente com as outras 959 vozes anteriores.

Voltando ao inicio do corredor, fui para o corredor central onde estava localizada a exposição ‘Le Parc Lumière’. Assim que entrei, percebi uma tremenda escuridão que o artista aproveitou para fazer imagens incríveis com obras que brincam com a luz. Adorei ter ido lá visitar esta exposição e já estou no aguardo da próxima, que vai começar a ser exibida no dia 29 de março: de acordo com o programa que fica na bilheteria da Casa Daros , a ‘Paintant Stories’ vai trazer um painel de 120 metros que irá percorrer a casa, fazendo uma espécie de panorama da existência contemporânea. Provavelmente será mais um passeio incrível!





Saindo da exposição ‘Le Parc Lumière’, você desce as escadas entra direto em outra exposição: ‘Julio Le Parc, desmistificar a arte/1968’, é uma excelente ante-sala para o pátio central, onde se encontra a exposição Artoons, de Pablo Helguera. Essa coleção reúne cartoons críticos mas engraçados sobre o todo o sistema da arte. Vale muito a pena conhecer esta exposição que vai ficar até o final de março na Casa Daros - é uma comédia!




Ah, e não esqueçam de passar na loja da Casa Daros, pois esta definitivamente merece uma visita: o pessoal que atende é super simpático e a loja tem de tudo um pouco - vi garrafinhas, bolsas, cartões-postais da exposição Artoons e também livros sobre artes e até fantasias infantis! De qualquer maneira, o que me chamou a atenção foi a parte infantil da loja, um espaço muito rico para a imaginação e para tornar possível fazer crianças gostarem naturalmente do mundo das artes - vi alguns livros para crianças bem miúdas usarem apenas as mãos para desenhar, outros livros para criança um pouquinho maiores que já usam lápis e assim por diante. Um bom presente se você tem alguma criança por perto!




Antes de ir embora, resolvi passar no espaço de leitura e achei legal, pois havia livros relacionados às exposições, inclusive com todos os desenhos que vimos e mais alguns da exposição Artoons. É um espaço bonito, tranquilo e geladinho, próprio para quem precisa de um tempo do mundo para se esquecer no meio de seus próprios livros e dos que estão à exposição. Se eles não forem suficientes, você ainda pode pegar o elevador e se perder na biblioteca, não porque ela é grande - não é -, mas acho que é tipo coração de mãe onde sempre cabe mais um. Logo que cheguei, as meninas da biblioteca perguntaram se eu queria algo; eu disse que não, que só estava visitando. A biblioteca estava vazia, tinha apenas 2 leitores, um no espaço central e outro no espaço que possui salinhas separadas. Portanto, se você está precisando de um espaço tranquilo para estudar em Botafogo, eu super indico a biblioteca na Casa Daros! Tanto que na saída ela perguntou se eu queria me cadastrar e claro que topei!




Ah...e na lateral do prédio, na Av. Lauro Sodré, caminho de quem vem do estacionamento de algum dos shoppings, não deixe de observar a lateral do prédio. Até ali, há uma exposição chamada ‘Vitrine Lugar das Dúvidas’, com cinco vitrines que exibem versões de obras ou conteúdos ligados à programação do espaço, quase como um anúncio do que você vai encontrar lá dentro.


O espaço ainda oferece, perto da bilheteria, um folheto com a programação e outros folhetos com as exposições atuais. Aconselho que assim que chegar, você pegue ao menos o folheto com a programação: nele, você consegue identificar cada um dos espaços da Casa Daros e, além disto, onde estão os elevadores para pessoas com necessidades especiais. Nele, você também encontra informações sobre programas específicos e seus horários, como por exemplo: o Programa para Famílias, com oficinas e narração de histórias inspiradas nas exposições, voltadas para adultos e crianças a partir dos três anos, com duração de 1 hora, gratuitamente, aos sábados, domingos e feriados às 15h e às 17h; e os Encontros Participativos, que são eventos para público espontâneo ou grupos previamente agendados (escolas, organizações sociais e outros), realizados (para grupos) nas exposições gratuitamente todas as quartas e sextas, às 10h30 e às 14h com 1h30 de duração, necessitando de inscrição por meio do e-mail,e para público espontâneo às quartas e sábados, das 16h as 17h30 com senhas distribuídas 1h antes na recepção. Tem também outros encontros que você pode ver no próprio programa.


Posso dizer que eu já virei super fã desse espaço e sempre que puder estarei de volta. Para ser sincera, até já voltei com amigos no último dia da exposição ‘Le Parc Lumière’ para que eles pudessem conhecer esse espaço tão gostoso.

Beijins e excelente passeio,
Tati.


Ficha Cadastral:

Local: Casa Daros
Data da Visita: 05/02/2014
Endereço: Rua General Severiano, 159, Botafogo. 
Telefone: (21) 2138-0850
Como chegar: Usando o metrô e descendo na Estação Botafogo ou qualquer ônibus que passe pela Av. Lauro Sodré (que fica no meio entre a Casa Daros e os shoppings da região) – existem muitas opções, para descobrir clique aqui.
Horário de Funcionamento: de quarta a sábado, das 11h às 19h; Domingos e feriados, das 11h às 18h. Não abre nem segunda nem terça. A loja tem o mesmo horário de funcionamento do espaço, assim como o café, porém o restaurante funciona de quarta a sexta, das 12h às 22h; aos sábados, das 12h às 19h; e aos domingos e feriados, das 12h às 18h.
Visita Guiada: Não possui.
Preço da Entrada: R$ 12,00 para a exposição principal, as outras exposições são gratuitas. Possui meia-entrada para estudantes e idosos, além de gratuidade para crianças, professores da rede pública, grupos de escolas e organizações sociais e membros do Icom - você pode se informar melhor no site deles ou na recepção.
Banheiros/bebedouros: existem banheiro e bebedouro no térreo, nos corredor interno da Casa ao redor do pátio.
Café/Restaurante/Loja de Conveniência: Possui café, restaurante e Loja! E todos muito bons! O café e o restaurante se chamam Mira! E a loja tem de tudo um pouco. Vale muito a pena!
Acessibilidade: total, tem elevadores que ligam os andares. Assim, chegando a Casa Daros, é só acessar pelo térreo, pois lá terá o elevador para subir para os outros andares do espaço.
Áudio guia: não possui, porém as exposições estão em sua maioria em 3 línguas: português, inglês e espanhol.
Guarda-volumes e Espaço para carrinho de bebê: possui guarda-volumes e você pode deixar o carrinho de bebê, se necessário, na entrada da exposição.
Duração recomendada para a visita: Eu fiquei lá em torno de 3 horas, mas porque também fiz lanche e visitei tudo e mais um pouco do espaço, mas indico separar pelo menos 2 horas pra conhecer sem estresse.
Estacionamento: não tem na Casa Daros, mas eles indicam que você estacione nos shoppings ao redor, como o Rio Sul e o Casa & Gourmet.
Máquina fotográfica: pode fotografar sem flash.
Ar condicionado: possui, e na medida certa, não deixando você passar frio.